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O que é a Terapia comportamental dialética?
Juliana Blaser
30 de julho de 2022
A Terapia Comportamental Dialética, a DBT, criada por Marsha Linehan, é hoje reconhecida como a mais eficaz no Tratamento to Transtorno de Personalidade Borderline. Na DBT são trabalhados problemas da vida presente definidos em cooperação entre terapeuta e paciente. A relação terapêutica é de colaboração mútua, envolvendo diálogo e instruções claras por parte do terapeuta para que os objetivos do tratamento possam ser atingidos.
A DBT tem como característica distintiva a “dialética”, que tem como objetivo a reconciliação de opostos. O paciente border (que tende ser 8 ou 80 em suas emoções, em seus relacionamentos, na sua forma de olhar o mundo e a si mesmo) vai ser guiado por seu terapeuta, especialmente com o uso de técnicas cognitivas, a buscar um “caminho do meio”. Além disso, a ideia é obtermos um balanço entre a aceitação de si mesmo e de coisas que não podem ser mudadas em sua situação atual, e estratégias de mudança que proporcionam a melhora da qualidade de vida.
Os procedimentos principais da DBT incluem técnicas cognitivas, comportamentais e treino de habilidades. As técnicas comportamentais compreendem o manejo de contingências, exposição e resolução de problemas. A exposição visa principalmente que o paciente consiga enfrentar algumas emoções intensas, sem precisar fugir delas ou agir de maneira extrema para “colocá-las para fora”. Já a resolução de problemas, auxilia o paciente a encontrar formas de lidar com situações presentes que estão lhe causando sofrimento, especialmente aquelas que o levam a ter uma crise ou aquelas que afetam seus relacionamentos interpessoais ou a sua capacidade de trabalho.
Através do treino de habilidades, o paciente aprenderá a regular suas emoções e desenvolverá estratégias para melhorar suas efetividade em relacionamentos interpessoais especialmente com a família e parceiros.
Por fim, principalmente através das estratégias Mindfulness compreendidas no Treino de Habilidades, o paciente será guiado no desenvolvimento da auto-aceitação, reduzindo o sentimento de culpa e raiva por si mesmo que muitas vezes o Border experimenta, juntamente com o desenvolvimento de ferramentas para “acolher si mesmo”, sem precisar depender de outras pessoas para validarem-no ou cuidarem dele em momentos de dificuldades.